Vídeo 3 - Série Basica - Galvanoplastia Prática - O que é galvanização?
O que é galvanização?
https://m.youtube.com/watch?v=MoAtgU_l_Yo&t=208s
Este é o vídeo número 3 da Série Básica da Galvanoplastia Prática onde procuramos dar definição bem simples e prática do que é Galvanização
O que é Galvanização?
A galvanização é o processo de aplicação de uma camada de zinco sobre o ferro. É o processo importante de proteção das estruturas de ferro no combate ao processo de corrosão que ocorre de forma natural se não houver uma proteção. Todos conhecem o fenômeno de enferrujamento do ferro, a tendencia do ferro é encontrar seu equilíbrio que é a ferrugem ou seu estado oxidado.
Com a galvanização é possível aumentar a durabilidade das estruturas de aço (liga Ferro Carbono) tratadas em até décadas.
Estima-se que é gasto cerca de 4-5% do PIB de um país em custos decorrentes com a corrosão, além do risco de segurança que é uma estrutura sofrer danos devido à corrosão.
O tema corrosão é muito estudado em diversas Universidades e empresas de Tratamentos de Superfície, sobretudo buscando cada vez mais melhorar e aumentar a eficiência e durabilidade dos revestimentos.
Porque Zinco?
Na galvanização com zinco o principal objetivo do zinco é impedir o contato do material base, o aço (liga Ferro Carbono), com o meio corrosivo. O zinco é menos nobre que o ferro, portanto é ele que se corrói antes, originando a proteção catódica, ou seja, o zinco se sacrifica para proteger o ferro. Mesmo que uma pequena área fique exposta, o metal base aço não sofre os efeitos da corrosão, porque o zinco aumentará sua taxa de corrosão protegendo a área descoberta.
Diferente dos metais mais nobres e de outros metais em galvanoplastia, quando aplicados sobre uma superfície menos nobre, ele dá proteção ao metal menos nobre. No entanto, se houver qualquer imperfeição na superfície como poros ou falta de cobertura, esta agirá provocando corrosão na base quando em contato com meios corrosivos como humidade, agentes químicos, etc.
Tipos de galvanização
Galvanização a fogo ou Galvanização a quente
Após realizada uma limpeza, é feita a simples imersão das peças em um tanque com zinco fundido à temperatura entre 430 a 460°C, onde o ferro vai reagir como zinco iniciando-se a formação da camada que irá formar o revestimento protetivo; sem a utilização de retificador de corrente nem anodos. A camada cresce com o tempo de imersão. Até aproximadamente 1 minuto ela cresce rapidamente: a partir daí, ela é lenta. O tempo mínimo permitido de imersão é aquele necessário para que toda a peça esteja na mesma temperatura do zinco fundido.
A galvanização a fogo é também conhecida como “zincagem por imersão à quente” e “zincagem à fogo”
Galvanização eletrolítica
Galvanização eletrolítica é o processo explicado no vídeo 2, onde o zinco é aplicado com ajuda de um retificador de corrente contínua que irá forçar a eletro- deposição através de uma solução eletrolítica contendo íons de zinco e anodos de zinco. Este método garante uma cobertura mais homogênea do metal e melhor controle da espessura da camada desejada. Por conta desta característica, a zincagem eletrolítica é amplamente utilizada por indústrias de diversos setores do mercado e mesmo consumidores finais, para tratamentos superficiais de portões, estruturas metálicas, peças automobilísticas estruturais e de acabamento, máquinas, equipamentos e os mais variados componentes. É também utilizado como base de acabamentos de pintura.
A ABTS tem o curso virtual Eletrodeposição de Zinco, que é dado em 10 aulas e abrange todos os tipos de banhos de zinco, camadas de conversão, além de contar a sua história, ensaios de controles de processos e acelerados de corrosão. Veja no link abaixo:
https://www.abts.org.br/zinco/?ref=T59347083M
Galvanização a frio
Geralmente a galvanização a frio é feita por meio de sprays ou pincéis com tintas ricas em zinco. Elas são viáveis nas manutenções e reparos em superfícies que foram submetidas à galvanização à quente de equipamentos e estruturas já montadas e com necessidades de reparos no local. É de fácil aplicação em campo e prolonga a vida útil das peças, como por exemplo de cascos de embarcações, portões ou estruturas metálicas, peças muito grandes difíceis de desmontar e transportar. Podem ser chamadas camadas de proteção de sacrifício.