Documentário da História da Jóia Folheada em Limeira
01 de julho de 2019

Documentário da História da Jóia Folheada em Limeira

https://youtu.be/Rabo838KEwAh

Foi conferido a Cidade de Limeira o Título de Capital Nacional da Joia Folheada publicado no Diário Oficial da União em 10/1/2018.

Alguns meses depois,  foi publicado um vídeo institucional realizado pela Prefeitura Municipal de Limeira, resgatando a história da Joia Folheada na cidade.

Confesso que fiquei muito emocionada ao ver a história sendo contada e ao mesmo tempo o sentimento de que de uma forma muito simples e sem protagonismo, participei desta história. Ao ouvir o depoimento do José Basílio Mercuri lembrei do início da minha carreira ainda como auxiliar de laboratório em 1976 e das inúmeras experiências que fazíamos nos laboratórios da antiga Bragussa.

A Bragussa era a ramificação Brasileira da empresa alemã Degussa, que tinha como especialização raiz a recuperação de metais ouro e prata e se segmentava também a área galvânica, departamento no qual eu estava locada.

Meu chefe o Sr. Ismael Paulo Graseffe foi um dos pioneiros no desenvolvimento de processos galvânicos de metais preciosos no Brasil. Na área comercial estava o meu atual chefe o Sr. Eládio Paschoal Varani. Até hoje eles comentam que quando eles iniciaram alguns anos antes, a grande aplicação galvânica era a niquelação dos para-choques do fusca e por falta de abrilhantadores nos banhos de níquel,  os funcionários tinham que polir manualmente antes da cromeação.

Da mesma forma, os primeiros banhos de ouro não tinham uma tecnologia muito avançada e quando aplicadas espessuras de ouro muito altas, não conseguiam manter brilho e tinham que ser polidas depois de banhadas. Assim como lembrado pelo Sr José Basílio Mercuri, o primeiro banho de ouro camada era denominado Banho de Ouro 425, depois o 506 e 507.

A história das Jóias Folheadas começa pelas jóias de ouro 18K, em uma época em que a produção era manual e a tradição das jóias que passavam de mãe para filha.

A jóia começou a ser um pouco mais acessível com a produção das jóias de ouro baixo teor de 10K, mas assim mesmo eram muito caras, e já neste tipo de liga havia necessidade de uma camada de Banho de ouro devido à tonalidade da liga de ouro.

Outra inovação dos profissionais foi o desenvolvimento do “Chapeado mecânico”, que como o próprio nome diz era uma fina chapa de ouro encobrindo um metal mais barato. Mas também nesta técnica havia necessidade de uma camada de Banho de Ouro para encobrir áreas expostas.

A grande solução veio com o Folheado Galvânico, ou seja, partindo de uma peça produzida com metal muito mais barato se aplicavam espessuras de camada de ouro 18K, mesmo sendo elevadas camadas, era de longe muito menos do que o ouro empregado nas jóias 18K, 10K ou chapeado mecânico. Além de que o banho encobre com uniformidade toda a superfície do metal

A primeira geração, cheguei a trabalhar era o Banho de Ouro 425, este banho não mantinha o brilho da base, sendo necessário polir as peças após banhadas. Depois como bem lembrou o Sr. José Basilio Mercuri foi desenvolvido o Banho de Folheação 506, muito melhor.

Mas a consagração do mercado de Folheados veio com o desenvolvimento de banho de Folheação 507, banho de atendeu a todos os requisitos para a produção do Folheado de qualidade e ainda hoje em operação.

Hoje a Industria de Folheados no Brasil está totalmente desenvolvida, muitos processos foram implementados durante este tempo e a indústria agora busca processos menos nocivos aos usuários e ao meio ambiente.

A indústria de Jóias Folheadas de Limeira e do Brasil é uma referência de produto de qualidade aqui e no exterior.

Parabéns Limeira! Parabéns Sr. Mario Celso Botion - Prefeito de Limeira e Sr. Antonio Peres – Secretario Comunicação Social pelo reconhecimento aos cidadãos que transformaram da história da Industria de Jóias Folheadas no Brasil.

Veja o vídeo, publicado em 23/11/2018 - realização da Prefeitura Municipal de Limeira - resgatando a história da Joia Folheada na cidade:

https://youtu.be/Rabo838KEwA
WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

WILMA AYAKO TAIRA DOS SANTOS

Possui graduação de Bacharel em Ciências com Habilitação em Química e Atribuições Tecnológicas pela Faculdade de São Bernardo do Campo (FASB), 1980. É Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), 2011. Atua na ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície desde 1994, foi presidente na gestão 2010-2012, foi coordenadora do EBRATS 2015 - 15º Encontro Brasileiro de Tratamentos de Superfície e IV INTERFINISH Latino Americano, foi Diretora Cultural nas gestões 2004-2006 e 2007-2009, atualmente é vice Diretora Cultural. É consultora técnica e representante comercial.

Notícias relacionadas

Deixe um comentário

Este site usa cookies do Google para fornecer serviços e analisar tráfego.Saiba mais.